Casos Maitê vs. Saramago


Esta última semana e meia tem sido propícia a idiotices! Primeiro foi o caso "Maitê Proença". E aqui não confiro o grau de idiota à actriz brasileira, mas a toda a gente que deu importância ao vídeo feito por ela. Chiaç! cambada de energúmenos sem nada para fazer. Dar tempo noticioso a isso? capas de revistas? Até parece que nunca um português cuspiu no Cristo Redentor ou mijou aos pés da Torre Eiffel... Nem nunca um português ridicularizou costumes de outros povos... Claro... Somos sim um povo sem capacidade de auto-crítica, refém de um complexo de inferioridade, e com um sentimento paternalista em relação às ex-colónias. É pena. Poderíamos crescer muito mais se trabalhássemos o nosso quintal ao invés defender exacerbadamente tudo o que vai mal nele. Somos nós que nos rimos do Sasha Baron Cohen quando veste a pele de "Borat" e goza com os americanos. Isso já vale a pena? Também somos nós que nos rimos da personagem "Wanderlei" interpretada pelo Jel, que estereotipa um brasileiro, no seu programa "Vai Tudo Abaixo", Estará correcto isso? Claro que sim! É humor. E quer queiramos quer não, também nós podemos ser "vítimas" dele. Depois veio a segunda idiotice. José Saramago critica a Bíblia, caracterizando-a como "um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana". 

Até aí tudo bem, afinal de contas nenhuma outra fábula serviu de pretexto para tantos massacres, nem continua a servir hoje em dia para sustentar desigualdades de carácter social, como esta fábula. Depois veio a declaração idiota da semana: "Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?", questiona o eurodeputado Mário David para www.news-bite.com. Podia jurar que liberdade de expressão conferia ao senhor Saramago esse mesmo direito, o de expressar o que sente. Estava enganado portanto. Ao que parece em Abril lutou-se para se poder dizer o que se quisesse desde que fosse de acordo com o que certas pessoas permitissem. "Se a outorga do Prémio Nobel o deslumbrou, não lhe confere a autoridade para vilipendiar povos e confissões religiosas, valores que certamente desconhece mas que definem as pessoas de bom carácter". Mais uma vez vejo uma crença minha a ir por água a baixo. Podia jurar que eu era boa pessoa, e com carácter. Mas ao que parece por ser ateu, e consequentemente desprovido de crença religiosa, não se me pode ser associada essa característica. Chiça, sou uma cobra! Já Salazar, era um senhor religioso. Hitler era temente a Deus também.

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